Biometria para solução de crimes.

Conheça um pouco mais sobre as diversas e eficientes contribuições das biometrias para a solução de crimes.

O início da tecnologia

Francis Galton é considerado o pai do que denominamos hoje, biometria: a aplicação de métodos estatísticos para fenômenos biológicos. Galton, apaixonado pela medição, recolheu estatísticas de milhares de pessoas em seu Laboratório de Antropométrica na Exibição Internacional de Saúde e, em 1892, desenvolveu o primeiro método de classificação para impressões digitais. Sua metodologia utilizava características chamadas minúcias ou pontos específicos em uma imagem de dedo, considerada a primeira forma efetiva para identificação de pessoas. As digitais, únicas em cada indivíduo, são diferentes inclusive, entre gêmeos univitelinos.

Essas minúcias são utilizadas ainda hoje, e apoiados nessa técnica, alguns sistemas de classificações foram criados, o mais conhecido entre eles foi o do antropólogo argentino Juan Vucetich. Sua dedicação e os estudos de Francis Galton e Henry de Varigny, o levaram a crer que as impressões digitais poderiam sem classificadas em grupos, e a desenvolver formas mais eficientes para sua coleta.

A expansão pelo mundo

Entre as décadas de 1960 e 1970, foi criado o Sistema de Identificação Digital Automatizado (AFIS), mas a grande expansão dessa tecnologia no mundo iniciou-se em meados da década de 1980, nos Estados Unidos e Europa, e com a evolução dos microprocessadores, os algoritmos biométricos ficaram mais complexos, eficazes e velozes. Hoje, são capazes de suportar um enorme volume de dados para classificação e comparação biométrica.

O método de identificação dactiloscópica pelo sistema de Vucetich para identificações civis e criminais, começou a ser utilizado no Brasil no início do século XX. 

A Biometria e a Montreal

Em 1999, a Montreal, liderando o consórcio Match com a Xerox e Dermalog, iniciou a primeira implementação bem sucedida de um sistema de identificação biométrica civil e criminal utilizando a tecnologia AFIS, no Estado do Rio de Janeiro.

Em 2002, criou a plataforma idNetBrasil  e então a implantou nos Estados do AC, AL, AM, MS, PE, RJ e RR. Com essa plataforma, os estados ganharam uma série de ferramentas de perícia papiloscópica, dentre elas, o reconhecimento facial, pesquisa de fragmentos, decadactilares e palmares, para atuar na identificação, prevenção e solução de crimes.

Como funciona

Ao realizar a identificação de uma pessoa, o órgão responsável fica com as informações biográficas e biométricas armazenadas em sua base de dados, como por exemplo, fotos, assinatura, digitais, voz e palmares. Dessa forma, ele fica apto a realizar pesquisas necessárias para encontrar suspeitos.

A procura por suspeitos por crimes em estações de trens, ônibus, aeroportos ou até mesmo pela rua podem ser facilitadas usando uma pesquisa biométrica facial onde o suspeito tem seu código biométrico facial carregado para comparação.

Ex. de uma pesquisa facial com fotos de redes sociais.

Além disso, a identificação de locutores em conversas telefônicas interceptadas ou áudios trocados em aplicativos de mensagens também podem ser realizadas por pesquisas biométrica de voz.

Abaixo, uma aplicação direta da biometria, no caso da impressão de digitais. Uma pesquisa de latentes (pesquisa por fragmentos de impressão digital), realizada pelo Instituto de Identificação Gonçalo Pereira em MS, publicado no Instagram da Perícia Papiloscópica/APPOL-RJ.

Foto original.

Análise do suspeito encontrado.

Comparação da digital encontrada.

Desde 2016, o Instituto utiliza o idNet para gerenciar todo o processo de identificação civil e criminal do Estado. Neste caso em específico, o IIGP/MS, obteve uma imagem de um indivíduo segurando um cartucho, provavelmente de uma venda ilegal. Inserida no idNet, o perito marcou os pontos característicos na imagem da digital e ampliou para a pesquisa. Em poucos minutos os suspeitos foram listados e coube a perita responsável verificar estes resultados.

A biometria de impressões digitais ainda é uma das mais utilizadas quando o objetivo é a resolução de crimes. No entanto, outras como a facial e voz vem crescendo nos últimos anos. Isso mostra que cada tipo de biometria contribui com as suas características e, assim, compensam eventuais dificuldades de uso ou baixa qualidade, viabilizando a solução de crimes demasiadamente complexos.

Tenha a solução na palma da sua mão! Entre em contato conosco e saiba mais.

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